quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Lua
Lua
será que te posso culpar?
será que consigo não gostar de ti?
já te invejei. porque não agora declarar-te guerra e ser tua inimiga?
está tudo tão confuso... mas tudo começou contigo. e agora?
como é que vou olhar pra ti e encher o peito de ar com vontade de viver se me trazes tudo à memória e essas memórias me fazem doer a alma?
me fazem doer a alma por não serem mais do que isso "memórias"
me fazem doer a alma por tudo o que se perdeu com a noite mágica
me fazem doer a alma por tudo o que não começou com a noite mágica
porque é que foste tão boa madrinha?
porque é que não és a minha madrinha?
por tua culpa uma chamada, tanto quanto sei, inocente
por tua culpa se fez poesia
por tua culpa um beijo doce
por tua culpa se fez o amor mais belo
por tua culpa não consigo ouvir "what a wonderful world"
por tua culpa apaguei todas as velas
tu fizeste luz e assim foi descoberto o atalho tão escondido que levava ao meu coração
tu fizeste luz e o mais profundo de mim iluminou-se de sonhos de adolescente
tu...
tu fizeste luz
vaidosa, convencida...
e nós que éramos tão amigas...
diga-me. diga-me o que fazer porque caso contrario tudo farei para te descambar daí, desse teu pedestal
dê-me a solução para a confusão, pela paixão, pela dor que agora me tomam
fale, não te armes em muda ou contrato uns thugs para te apagarem e nunca mais brilhares
ah lua, porquê eu?
porquê o teu afilhado?
porque não outras pessoas quaisquer?
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Teu Bem - Meu Mal
Uma cama
Um amor
Uma amizade
Um desejo
Um carinho
Sou abraçado
Com meiguice
Um abraço de desejo
Sou beijado
Um beijo teu
Carinhosamente teu
Toques
Toques teus
No meu seio
Na minha pele
No mais íntimo de mim
Toques teus
E um coração acelera
Teu coração
E uma respiração ofega
Tua respiração
Sinto a sede de amor
Tua sede
E sou possuído
Envolvido nessa sede, nesse querer
E sou violentado com carinho,
Toques, beijos, olhares de prazer
Violentado com carinho
E involuntariamente me fundo a outro corpo
E dói, dor do corpo, dor da alma
Cada movimento me tortura
Mas subjugo-me
É amor
É carinho
E sente o prazer chegar
Teu
E sinto-me aliviado
Aproxima-se o fim
E ainda que por motivos diferentes finalmente o sentimento é recíproco
Alívio
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
e...
Será o inicio do fim anunciado?
E quando as mensagens deixarem de ser escritas?
Será o início do fim anunciado?
E quando as chamadas se calarem?
Será o início do fim anunciado?
E quando não sentirmos mais saudades?
Será o fim?
E quando nos interessarmos por alguém?
Será o fim?
E quando tudo passar?
Será que vamos saber que passou?
Para ter fim é preciso começar, será que começamos?
O quê? Estou perdida.
Achas que confundi as coisas?
E agora o que é?
Princípio?
Meio?
Início do fim?
The End?
Me iludo tentando esfriar a dor divagando por entre possibilidades que se desintegrarão muito em breve.
Me iludo acreditando na cegueira do racional de mim que não consegue ver o "nós" no futuro.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
saudades do futuro - do Momentos
me vi completamente retratada, me vi ridiculously nude
me espanta sempre a forma como, pessoas completamente distintas, que nunca se cruzaram pelas ruas desta vida, que não possuem a mesma história, nunca tomaram conhecimento da existência particular um do outro, se sentem de forma tão igual
é... sentimentos, todos eles, são realmente inerentes a existência humana, isso me faz ficar ainda mais convencida de que todas as almas sentem as mesmas dores não interessa onde, como, quando e porquê
aqui vai, poema de Florbela Espanca
"O meu mundo não é como o dos outros,
Quero demais, exijo demais,
Há em mim uma sede de infinito,
Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
Pois estou longe de ser uma pessimista;
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... Sei lá de quê"
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Mãos Dadas
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
caos
The oceans are drowning me
The sun is burning me inside out
The air is suffocating me
The moon no longer exists
The stars are no more there to light my way
Only the darkness is there,
The heat in my skin and body,
The water in my lungs kicking out all the air,
The pain
terça-feira, 9 de setembro de 2008
escrita
será que tens noção das ideias que colocaste em forma escrita??
será que em algum momento pensaste na responsabilidade que é escrever??
terás pensado que um documento escrito é uma prova que pode ser apresentada em tribunal??
terás pensado que talvez essas coisas deveriam ser faladas oralmente e não escritas??
não creio.
afinal, tu próprio assumes a "não agressividade".
dusculpa a franqueza mas, acho que nem tu sabes o que escreveste, nem tens a mais pálida ideia do poder das palavras.
mas tens perdão, afinal não estás habituado a lidar com palavras, não é??
como contador de histórias, na minha modesta opinião, não tens futuro.
ainda bem que não apostas as tuas fichas neste ramo (da escrita).
seria um desastre.
morrerias à fome, tu e todos que de ti dependessem.
balanço - uma mensagem de amor
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
dividida
mas quero estar por entre as montanhas vendo e sentindo o cheiro a verde
quero me vestir de rosa
mas quero sentir a leveza do meu vestido branco em mim
quero beber água
mas quero apreciar o cheiro e o gosto de um bom vinho tinto
quero estar em casa
mas quero passear pelas ruas sem direcção
quero dormir
mas quero estar acordada para ver Criminal Minds e CSI
quero andar nas nuvens
mas quero sentir o chão firme por debaixo dos meus pés
quero me enfeitar com ouro
mas quero usar o meu colar de prata
quero cortar os cabelos
mas quero vê-los e senti-los compridos ao vento
quero dançar um house
mas quero ouvir a Nina Simone
o que fazer quando os nossos sentimentos nos pregam essas partidas?
o que fazer quando dentro de nós sentimos que desejamos pedras e garrafas?
porque é que elas não jogam??????
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
strange days
dias em que o humor nem está bem, nem está mal
dias mornos, nem frios, nem quentes
dias estranhos, apenas estranhos
hoje foi one of those days
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
o último dia
à mistura foram sorrisos e gargalhadas
no ultimo dia houve pleno à vontade
houve também silêncio
houve dor
houve amor e muito amar
ultimo dia para o primeiro dia da nova fase
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Rain at Home
depois ficamos deslumbrados com as paisagens das telenovelas brasileiras...
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
home sweet home
terça-feira, 26 de agosto de 2008
insanity
Teria certamente atingido the state of insanity se fosse o contrário.
Cartas de Amor
Esta é literalmente uma carta de amor - não me lembro da última vez que escrevi uma carta de amor - mas esta é definitivamente uma. Quando abri o computador disse para comigo vou declarar-me, vou escrever ao meu amado e contar-lhe da paixão que conseguiu, tão facilmente, despertar em mim.
Sinto-me com medo, pois não quero ser demasiado ridícula, mas já dizia o Fernando Pessoa que todas as cartas de amor são ridículas, então porque não seria a minha igualmente ridícula?
Um dia, num passado muito recente, num momento infinitamente especial, lembro-me de te ter dito que não me sentia assim faziam anos e em nenhum instante, "nem tão pouco mais ou menos", exagerei. O meu actual estado de paixão - chamemo-lo assim porque na verdade não sei mais o que chama-lo - é um estado que não experimento há já cerca de 5 anos (um dia hei de te contar com detalhes). Quando em apenas três dias me deparei com esse sentimento arrebatador, sufocante, e até doloroso, qual droga que agrada e vicia, perdi o chão, o tino... Imagina, logo eu que costumo racionalizar quase tudo na minha vida... É, estava mesmo a acontecer, comigo, Dª razãoJ.
E foi assim, a tua meiguice me amoleceu e fez desabar todas as minhas defesas, a tua voz calma me fez sentir tranquila, o teu sorriso iluminou o meu ser que se encontrava mergulhado, fazia imenso tempo, na escuridão da rotina dessa minha vida pseudo urbana. A tua pele, o toque do teu corpo no meu acordou-o de um coma profundo, voltei a ser plena, fui plena contigo, sou plena contigo, neste momento exclusivamente contigo o consigo ser, de corpo e de alma, porque contigo baixo as defesas, perco os medos, e me devolvo à vida...
Já percebeste??
É isso mesmo, estou querendo dizer, estou querendo gritar bem alto, que estou apaixonada por ti!!!!
É tudo muito ridículo não é?????
Mas isso não é novidade o Pessoa já o tinha dito.
Diga-me apenas o que vou fazer com essa paixão???
rendida...
completamente rendida
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Tu
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Poetisa
Sim, é claro que a procurei, mas não a encontrei.
Onde será que ela anda, neste momento que tanto dela preciso??
Não sei. Mas sei porque ela se escondeu. Aaahhhh se sei, sei pois.
Queria que ela falasse de ti, de nós, do sentimento que existe e que está impregnado em mim.
Ela ficou atemorizada, disse-me que pedia demais.
Não percebi porquê, mas agora já faz sentido.
A poetisa existe para poetizar acerca do que é possível, ela existe para usar, jogar e conjugar as palavras que existem.
Eu pedi-lhe o impossível, o sentimento, o “tu” para mim e o “nós” é de tal forma imenso, profundo, único, que extinguiu a poetisa
Imenso e em demasia profundo para ser poetizado, ultrapassa qualquer comum mortal, todas as ciências, todas as artes, todas as religiões, todas as razões.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Peace
Consigo ouvir o barulho que fazes arrumando as tuas coisas. Consigo ouvir o bater das gavetas quando já conseguiste esvazia-las.
Partes. Pronto. Já está.
Não. Afinal não está.
Voltaste.
Não. Apenas voltaste para buscar as tuas coisas e sais. Em princípio para sempre.
Dói, Dói muito, mas não sei o que me dói, nem onde me dói, nem porquê me dói, apenas dói.
Dor de perda?
Dor de amor?
Dor de mágoa?
Quero-te aqui porque te amo?
Quero-te aqui porque estou apaixonada?
Quero-te aqui porque estou em demasia habituada a tua presença?
Quero-te aqui porquê?
Ambiguidade é a palavra de ordem
O pós “nós” é assim:
Sinto-me tranquila, mas essa tranquilidade é inquietante.
Sinto-me livre, mas i long cativeiro.
Sinto-me em paz...
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Afronamim
Eram18h15 e a praia estava apinhada de gente, prova clara de que o verão realmente chegou.
Tiago ficou logo entusiasmado e pediu-me pa tmá um banhim.
Em dez minutos já estávamos de volta à Laginha prontos para o tchiluf. Ficamos por lá cerca de uma hora. Foram momentos de pura satisfação para ele. Uma hora de tchilufs, de bolinhos de areia com formato de tartaruga e caranguejo, de rolar na areia, enfim...
De regresso a casa antes de começar as tarefas disse-lhe “mama ti ta bem pô um muskinha sabim” e lá pus a tocar o Afronamim.
Entretanto fui fazendo o que tinha a fazer, banhar-lhe, vertir-lhe, dar-lhe de comer, preparar tudo o que deve ser preparado de véspera quando o dia seguinte é dia de trabalho. Nesse meio tempo o cd terminou e voltei a carregar o play.
Terminadas as tarefas todas era agora hora de me cuidar, de me banhar, relaxar e preparar para cair na cama e no momento que a água fria me tocava a pele vejo a cabecinha dele aparecer por uma fresta da porta da casa de banho e, me olhando, diz “mama a ta bom dess muskinha, agora tcham pô Noddy um gzinha, ouvi?”
Só para ser mais clara, lá em casa o leitor de cd é o dvd player uma vez que temos um sistema surround.
Resumo da ópera: estava há muito tempo acupando o dvd player com o Afronamim, ele respeitou, mas pressentindo que seria assim toda a noite, caso não dissesse nada, tratou de me lembrar que ele também tinha a sua vez, afinal também ele tinha encontro marcado com o Noddy nessa noite.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Afronamim
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Dimensões
Dormi no sofá
Dormi no sofá vendo um filme qualquer
Dormi e sonhei...sonho...contigo...
É uma outra dimensão
Um lugar “déjà vú”
Olho em volta...ah, aí estás tu
olhas para mim e sorris...parece que me esperavas...parece, não sei.
Mas fico por isso e acredito
Canta o rouxinol...aquela melodia
Sopra o mar a brisa que nos afaga a pele
o beija-flôr beija a flor com delicadeza, com meiguice, com doçura, querendo nos dizer que não custa nada...afinal, outra dimensão...sem vigilância, sem julgamentos, sem sanções
Olho para ti e sei que me podes ler
Sem perguntas, sem respostas, sem palavras, falo-te e tu a mim
o meu olhar, o meu respirar, o meu pulsar falam-te e confessam...rompamos as convenções...sim rompamo-las
Aproxima-te, toca-me, beija-me, sinta a minha sede...beija-me...
mas a outra dimensão não se desintegrou, dizes
...ssshhhiiiiiuuuu...não quero saber...quero este momento...quero-te a ti...não me olhes apenas...toca-me que o teu olhar queima-me, toca-me que o meu corpo suplica...sim, assim...lábios quentes, corpo quente, cheiro bom da tua pele, gemidos de ânsia...toca-me, explora-me...sim, quero, quero mais...sim, unir-me a ti...sermos um, uma mente, um sentimento, um só corpo...
Que se passa, que barulho foi aquele????
não, não quero...não deixes que a realidade nos engula novamente, fiquemos nesta dimensão...onde nós somos um...
O filme acabou. Levanto-me e apago a caixa de imagens.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
SP - uma história de amor
A distância me tortura
O tempo me maltrata
A tua ausência me sufoca
Ainda, quando me deito, sinto o teu cheiro
Quando me banho em água morna pressinto o teu corpo ao alcance da minha mão
Pressinto o cheiro a herbal essences dos teus cabelos
E quase posso sentir-te tocar-me com as tuas mãos macias e com os teu lábios quentes
Nada no mundo tem o alcance do teu beijo, nada mo faz esquecer
Cheiro a chuva, és tu
Tempinho frio e corpo quente para me aquecer, és tu
Vinho tinto com uvas negras, és tu
Lura e “Amor di nha bida”, és tu
Brincar no bosque, és tu
Amor nas nuvens, és tu
Como desejo que o ontem fosse hoje e o amanhã jamais chegasse,
só para me manter presa nos momentos que te amei e me amaste plenamente
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Freedom
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir do conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Nirvana
Hoje sou estupidamente romântica
Hoje tudo a minha volta ganhou cor
Hoje as flores tomaram o lugar aos cactos espinhosos
Não choveu, mas ainda assim consigo ver o arco-íris
Hoje, o barulho dos carros lá fora é melodia
Hoje o sol brilha psicadélicamente
Tudo porque chegaste
O mágico tirou a paixão da cartola
Porque conheci o sorriso mais sincero
A voz mais bela
O olhar mais transparente
E deixei-me levar pelo jeito ingenuamente tímido
Não corri, não procurei
O mágico simplesmente meteu a mão na cartola e as nossas vidas se cruzaram
Sequer tive consciência
Quando finalmente me encontrei com ela
Era hoje
Irremediavelmente hoje
Eras tu,
Irremediavelmente tu
Era a paixão
Paixão irremediável
Estou sem saída
Não a anseio, renego-a
A minha alma atingiu o nirvana, és o meu nirvana
terça-feira, 1 de julho de 2008
Fora de Foco I
a insanidade é miragem
o fardo é pluma
o confuso nem tanto assim
outras fronteiras se levantam
minhas, tuas, da implacável força invisível que controla tudo
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Um Post para a Mnininha d'Soncent
É belo sim essa coisa de se estar grávida. Especialmente quando dentro de nós sentimos que era o momento e a partir desse feeling avançarmos para a concepção do nosso futuro "tudo" - porque é isso o que eles são, tudo. Toda a nossa vida passa a girar à volta deles, mas essas descobertas vais fazê-las mais lá para frente.
O meu precious foi concebido quando bateu bem forte esse feeling, esse feeling de que o lugar dele dentro de mim pedia para ser preenchido. Passei por tudo o que estás a passar só que eu, relativamente aos enjoos, não havia alívio, jamais terminava na casa de banho, ou seja, eram enjoos sem vómitos, só de lembrar fico arrepiada.
Concordo com a Miranda do "Sex and the City" quando ela diz que não percebe porque é que chamam os enjoos de "morning sickness". Os meus eram 24/24 e 7/7. Mas ainda há mais, o salivar. Era o cão do Pavlov com uma única diferença, não precisava de estímulos. Mas a maior de todas é que passei a gravidez inteirinha, todinha, de boca amarga. Lembro-me ainda que somente na noite do dia que o Tiago nasceu, comi uma pizza e bebi uma coca-cola (às escondidas do pediatra e do nutricionista, é claro) e depois de o fazer reparei, satisfeitíssima, que o gosto amargo desaparecera.
Embora existem coisas únicas que acontecem como sentir o bebé a mexer-se dentro de nós, constatar o crescimento dele a cada ecografia (eu tenho as ecografias gravadas em cassete), enfim, existem sempre um lado bom. Mas de uma forma geral estar grávida...
A dica que dou a qualquer grávida de primeira viagem é: dê ouvidos apenas ao teu médico e depois do nascimento apenas a ele e ao pediatra.
Resumindo vale a pena estar grávida e suportar esse estado, vamos dizer, pouco agradável
apenas pelo resultado lindo e maravilhoso que dele advém (porque não é mesmo pêra doce estar-se grávida)
Um abraço especial a MS.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Fora de Foco
um sorriso confuso,
surpreendentemente não atravessei a fronteira
sem me aperceber concenti
subitamente o fardo ficou mais leve
já não o carrego sozinha
Good Luck - Vanessa da Mata & Ben Harper
Diz muito...
terça-feira, 24 de junho de 2008
DJAVAN
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Este Verão será Primavera
Essa visita tem muita coisa de especial. Vou estar pela primeira vez com a minha sobrinha Aisha, será a primeira vez que beijarei as bochechinhas dela, será a primeira vez que a abraçarei, que presenciarei seus "abuse", que a verei "ao vivo". O mesmo vai acontecer com a Patty e o Tiago, a primeiro paixão (é uma expressão muito utilizada por protestantes como eu quando nos referimos a primeira fase de uma pessoa que se rende a Deus), eles se estarão a ver "ao vivo e a cores" pela primeira vez.
Mas terá aquela outra parte de me inchar de orgulho. Ver a minha sobrinha, a primeira de todas, uma menina moça. A minha Mandy já uma mnininha.
Quanto a abraçar bem forte a minha mana, a beijá-la centenas de vezes, a deixar livremente caírem as lágrimas (somos duas choronas e saímos a nossa mãe, aquela amazona chamada Lili) é outra conversa mas igualmente, ou um bocadinho mais, gostoso. A perfeição seria se a nossa mãe também viesse mas, não podemos ter toda a felicidade de uma só vez, temos que tê-la aos poucos, só assim lhe damos o valor merecido.
Mãmã, estarás connosco em coração. Vamos estar pensando e falando de ti a toda a hora, estou certa.(perca, pelo amor de Deus, o medo dos aviões)
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Mãos Dadas
No dia em que o calendário marcava 20 de Março de 2008, às 07H30 da manhã estava eu, meu filhote e a minha menina (uma filha que adoptei já com 16 anos de idade) no cais prontos para seguir viagem para Santo Antão.
Na bagagem levava uma grande quantidade de alimentos (arroz, açúcar, leite, massas, enlatados diversos, óleo alimentar, papas, iogurtes, enfim), um “bidon” de roupas, 28 caixas de mosaicos e ainda a promessa de material escolar para as crianças do Pólo Nº 2. Tudo doação de gentes que ainda se importam com outros, que por este ou aquele motivo, encontram-se numa situação menos favorecida. Sim. As minhas férias estavam destinadas ao projecto Mãos Dadas.
Os alimentos foram distribuídos para 5 famílias (com 10 a 12 membros cada), as roupas foram para as minhas criancinhas e as mosaicos para a reforma do refeitório da Escola Primária Chã Manuel dos Santos, Pólo nº 2.
Durante uma semana tive uma das experiências mais enriquecedoras da minha vida. Ensinei o básico do inglês e da informática a 30 alunos divididos em duas turmas. Dei aulas durante todas as manhãs, excluindo o domingo.
Não vou falar dos “meus meninos” (se tonaram nisso dentro de mim) as fotos falarão por si.
Estes são os meus meninos
Passei a ser chamada carinhosamente “professora Natasha” e segundo as verdadeiras Professoras as composições de praxe pós férias só deram professora Natasha e as aulas de inglês e informática. Acreditem que vieram-me lágrimas aos olhos quando elas me contavam isso.
Eu, as Professoras e o Gestor do Pólo Nº 2Ainda ontem um deles me ligava para o móvel só para saber se a professora Natasha estava drêt. Existe coisa mais gratificante?
Uma das várias declarações que me lembrei de registarAgora terminando este post ligaram-me de Cób d'Rbêra contando que as obras da cozinha da escola já começaram. Estou inchada de satisfação.
De entre o material escolar que lhes levei não haviam compassos, transferidores e esquadros para aqueles que terão desenho no próximo ano no secundário. Regressei a Mindelo com essa preocupação e já consegui esse material. No próximo dia 12 voltarei para assistir a cerimónia de finalistas de 6ª classe e farei a entregarei.
Se soubessem o tamanho da minha satisfação ao ver os olhos espertos e ávidos de saber dessas crianças...
Bem o post já está longo mas não posso deixar de cá fazer agradecimentos mais do que merecidos:
Agradeço a Deus pela existência do lado bom do ser humano e por manter viva em mim a esperança com relação a nós, humanos.
Um agradecimento especial a Fundação Ashby que tem sido um parceiro sem igual, todo o material escolar, os kits para as grávidas e grande parte das roupas foram doações dessa fundação que desde o primeiro momento se fez nossa parceira.
Agradeço a Shell Cabo Verde, a Spencer Construções e Imobiliária, a Conchave e o ITOM.
Agradeço aos empregados da Shell, individualmente, (não direi nomes porque a lista não teria fim) por acreditarem neste projecto, pela vossa bondade e vossas preciosas contribuições.
Especial agradecimento à Sandra Neves (elaborou os manuais do cursinho de inglês)
Desnecessário é agradecer toda a ajuda da minha família de Cób d'Rbêra, Nha Madrinha, Iva, Hélia...
Cada uma dessas pessoas, de mãos dadas, fizeram o projecto Mãos Dadas uma realidade.
Mensagem especial para Any: Tens ainda muito a dar a Mãos Dadas.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Thanks Maria
Recebi há momentos o 1º comentário ao meu blog.
Imagem retirada do menina das flores
Love on the Clouds
Debaixo do Sol de verão
Literalmente on the clouds
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Back to Reality
segunda-feira, 9 de junho de 2008
FDS
Foi interessante constatar as diferenças entre as paródias com a minha malta, há 6/7 anos atrás, e as da malta do meu irmão.
-A primeira novidade é o horário do início das actividades, 19H30/20H00. Um espanto quando comparado aos nossos horários de 22H00/23H00.
- A segunda os looks, bem mais descontraídos. Nunca vi. Jeans em shorts e calças, Tshirts simples para os rapazes e blusas simples para as meninas (se tratando de meninas, claro que há sempre algo de sexy nessa simplicidade).
- Depois vem o snooker. Eles se juntam fazem equipas e jogam “ptáda fora” de snooker. Sim, eu joguei, fazendo qualquer um chorar de tanto rir com as minhas pontarias. Mas vejamos o lado positivo das coisas, aprendi as regras, ao menos isso...
- Depois chega a hora da decisão do spot onde se desenrolará a principal actividade da noite. Decidido o spot a actividade é levada ao cabo. O spot, um parque de estacionamento da cidade, ao pé do mar. No local são arrumados os carros (coisa que não existia no meu tempo, os pais não emprestavam por medo ou simplesmente por não terem) de forma a ter-se uma falsa sensação de espaço privado/privacidade, uma ilusão ajudada pelo silêncio e pouca gente a circular àquela hora da madrugada (01H00). Nesse espaço decorre então, noite adentro, a paródia. O aparelho de som dos carros, amplificado por umas colunas exteriores, trazidas para o efeito, traz aos ouvidos de todos os sons que estão “bombando”, todos são DJs, alguns dançam, outros falam, outros bebem, outros namoram, enfim...
É a forma que encontraram para se divertirem. Uma alternativa aos ambientes fechados das discotecas, uma forma de ter um encontro do pessoal próximo, apenas a malta e não um “bói popular”.