Há 4 anos
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
My Brow
Para a meia duzia de amigos que visitam o NUDE devo comunicar que a minha parte no blog agora é apenas a parte da escrita porque tudo o resto terá a mão acertada do meu LTL BROW Alexis, my pride.
Love you brow, you bring light to my life when there is darkness, you are always there for me.
A Lua e o Tinto
No sábado, depois de um dia de afazeres de dona de casa, tomei um belo banho de água morna na minha imensa banheira. Vesti-me para dormir e sentei-me à janela da sala sentindo a brisa do mar que reparo surpresa e agradada. A casa estava vazia, nha padóss d’ceu azul não estava. O silêncio era, todavia, pacificador. Foi então que avistei a minha amiga Lua. Estiva perdida dela, estiva de mal com ela durante escassos dias, ainda bem que o tempo clarifica tudo. Dei comigo a sorrir para ela sem mágoa e rancor nenhum.
Sentada à janela, enquanto deliciava o silêncio e o resplendor da lua, meus olhos cruzaram a garrafa de Planura (tinto alentejano - reserva de 2004), que comprara sonhando com uma noite enluarada. Nesse momento decidi que a abriria, era o momento, era o momento de brindar a vida, apesar da dor, e fazer as pazes com a bela lua, linda lua, resplandecente lua, vaidosa como sempre.
Bebi, uma, duas , três taças sempre na sua companhia, falei com ela e obtive sempre aquele brilho límpido de resposta.
Embriaguei-me - de ninguém – do tinto...
Fui dormir embriagada do tinto e quiçá do clarão da belíssima lua...
Sentada à janela, enquanto deliciava o silêncio e o resplendor da lua, meus olhos cruzaram a garrafa de Planura (tinto alentejano - reserva de 2004), que comprara sonhando com uma noite enluarada. Nesse momento decidi que a abriria, era o momento, era o momento de brindar a vida, apesar da dor, e fazer as pazes com a bela lua, linda lua, resplandecente lua, vaidosa como sempre.
Bebi, uma, duas , três taças sempre na sua companhia, falei com ela e obtive sempre aquele brilho límpido de resposta.
Embriaguei-me - de ninguém – do tinto...
Fui dormir embriagada do tinto e quiçá do clarão da belíssima lua...
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Wait In Vain
"...I know that I am waiting on your line, but the waiting feels as fine
So don´t treat me like a puppet on a string cause i know how to do my things
Don´t talk to me as if you think i am dumb, I wanna know when your gonna come
See... I don´t want to wait in vain for your love..." Bob Marley
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
PAIN
Era sexta feira e chorei, chorei que pensei que as lágrimas me secariam.
E foi sábado e chorei, chorei sem esperança de que as lágrimas me secassem.
E nesse dia me contorci de dor, me doía a alma
Não sei de onde veio a mão que me segurou o ombro
Não sei de onde veio o calor que envolveu meu coração gélido de tanta dor
Não sei de onde veio aquele abraço qual de mãe ou pai enquanto contorcida na posição fetal tentava esfriar minha dor
E foi sábado e chorei, chorei sem esperança de que as lágrimas me secassem.
E nesse dia me contorci de dor, me doía a alma
Não sei de onde veio a mão que me segurou o ombro
Não sei de onde veio o calor que envolveu meu coração gélido de tanta dor
Não sei de onde veio aquele abraço qual de mãe ou pai enquanto contorcida na posição fetal tentava esfriar minha dor
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Desatinos de Uma Mulher Apaixonada III
De volta as três linhas. Ainda penso no que te teria dito, já li e reli tudo o que eu escrevi, mas não consigo encontrar nada que pudesse despertar tamanha fúria na pessoa que considerava uma das pessoas mais positivas e calmas da minha convivência. Talvez essa concepção que tinha de ti também não tenha ajudado, a fasquia ficou alta demais. Quem sabe dentro de mim, inconscientemente, também te considerasse diferente dos comuns mortais. Mas não és e por alguma razão explodiste, como qualquer comum mortal, mas continuo sem saber o que foi, qual foi a fonte de ignição daquela fúria demostrada em apenas três linhas.
Pôr-te contra a parede? O que é isso? Sinceramente existem conceitos que no meu dia-a-dia não utilizo porque na verdade acho-as despidas de sentido. Sentir-me contra a parede ou achar que estou a pôr alguém contra a parede são coisas em que não penso porque para mim não existem. Para mim isso, sim, é non sunsus.
A medida que vou escrevendo este monólogo assalta-me o medo de despertar novamente a tua fúria e me ver novamente atingida por ela mas esse medo não me pode impedir de expressar o que me vai na alma, não, não pode. Nesse dia então a vida perderia sentido, no dia em que vivesse em função dos meus medos tudo perderia sentido.
Penso também se tivesse deixado que a fúria me acometesse quando li as tuas linhas, muito poéticas e lindas por sinal, as que dizes ter escrito ao som do Same Mistake. Essas linhas que me fizeram sentir que me querias em stand by mode. (por falar em música, escrevo este texto escutando o Dzem Kma Sim do Hernani) Certamente não teria sido tão dura quanto tu foste, não teria sido tão cruel, embora tivesse mais razões do que tu para ser, mas no mínimo pedia-te que não me tratasses como uma TV, DVD ou outra máquina qualquer. Aquelas a que temos a opção do stand by, sabes? No mínimo dir-te-ia que tratar as pessoas com dignidade é ajudá-las a terem certezas quando elas se sentem perdidas dessas certezas e tudo o que te pedi naquele dia foi isso, uma certeza de que “i was not waiting in vain for your love”, mas agora sei que estaria sim esperando em vão, que não existia sequer a abertura para uma tentativa, era um passatempo, um “viver alguns momentos bons” e era tudo o que queria evitar, queria matar as esperanças que, quer queiramos quer não, quando estamos apaixonados alimentamos, queria ter a certeza de que não havia disponibilidade sequer para uma tentativa, queria ter a certeza de que estava tudo perdido desde o início – me apanhei agora a pensar: início de quê? Vai-se lá saber... Também isso já não interessa - .
Neste momento a dor ainda se faz sentir na pele, o meu sentimento é profundo e sincero, mas há uma frase que nunca esquecerei, uma frase índia que diz “Nothing last forever but the mountains.”. Assim, tenho esperanças, que agora que ficou tudo claro, me passe, algures no tempo. E enfim, estarei livre novamente para voltar a me apaixonar e amar. Porque quem somos nós sem amor, sem paixão...? Na vida devemos estar abertos para esse sublime sentimento. Que acarreta dor e compromisso, mas valerá sempre a pena.
A dor está ainda muito intensa, a ferida ainda está muito fresca, mas estou certa que quando a dor passar e a ferida cicatrizar vou poder relembrar os momentos bons, mas jamais esquecerei a forma cruel como elas terminaram e a cicatriz, qual tatuagem, nunca me permitirá esquecer a dor que foi ler aquelas três linhas e acima de tudo não me permitirá jamais esquecer a amizade que foi flagelada pelo egoísmo. Ao pensar em tudo minha tendência é sentir-me vulgar, mas tenho certeza que, da minha parte, em nenhum momento foi vulgar, não se tratou apenas de uma entrega física, mas uma entrega completa.
Pôr-te contra a parede? O que é isso? Sinceramente existem conceitos que no meu dia-a-dia não utilizo porque na verdade acho-as despidas de sentido. Sentir-me contra a parede ou achar que estou a pôr alguém contra a parede são coisas em que não penso porque para mim não existem. Para mim isso, sim, é non sunsus.
A medida que vou escrevendo este monólogo assalta-me o medo de despertar novamente a tua fúria e me ver novamente atingida por ela mas esse medo não me pode impedir de expressar o que me vai na alma, não, não pode. Nesse dia então a vida perderia sentido, no dia em que vivesse em função dos meus medos tudo perderia sentido.
Penso também se tivesse deixado que a fúria me acometesse quando li as tuas linhas, muito poéticas e lindas por sinal, as que dizes ter escrito ao som do Same Mistake. Essas linhas que me fizeram sentir que me querias em stand by mode. (por falar em música, escrevo este texto escutando o Dzem Kma Sim do Hernani) Certamente não teria sido tão dura quanto tu foste, não teria sido tão cruel, embora tivesse mais razões do que tu para ser, mas no mínimo pedia-te que não me tratasses como uma TV, DVD ou outra máquina qualquer. Aquelas a que temos a opção do stand by, sabes? No mínimo dir-te-ia que tratar as pessoas com dignidade é ajudá-las a terem certezas quando elas se sentem perdidas dessas certezas e tudo o que te pedi naquele dia foi isso, uma certeza de que “i was not waiting in vain for your love”, mas agora sei que estaria sim esperando em vão, que não existia sequer a abertura para uma tentativa, era um passatempo, um “viver alguns momentos bons” e era tudo o que queria evitar, queria matar as esperanças que, quer queiramos quer não, quando estamos apaixonados alimentamos, queria ter a certeza de que não havia disponibilidade sequer para uma tentativa, queria ter a certeza de que estava tudo perdido desde o início – me apanhei agora a pensar: início de quê? Vai-se lá saber... Também isso já não interessa - .
Neste momento a dor ainda se faz sentir na pele, o meu sentimento é profundo e sincero, mas há uma frase que nunca esquecerei, uma frase índia que diz “Nothing last forever but the mountains.”. Assim, tenho esperanças, que agora que ficou tudo claro, me passe, algures no tempo. E enfim, estarei livre novamente para voltar a me apaixonar e amar. Porque quem somos nós sem amor, sem paixão...? Na vida devemos estar abertos para esse sublime sentimento. Que acarreta dor e compromisso, mas valerá sempre a pena.
A dor está ainda muito intensa, a ferida ainda está muito fresca, mas estou certa que quando a dor passar e a ferida cicatrizar vou poder relembrar os momentos bons, mas jamais esquecerei a forma cruel como elas terminaram e a cicatriz, qual tatuagem, nunca me permitirá esquecer a dor que foi ler aquelas três linhas e acima de tudo não me permitirá jamais esquecer a amizade que foi flagelada pelo egoísmo. Ao pensar em tudo minha tendência é sentir-me vulgar, mas tenho certeza que, da minha parte, em nenhum momento foi vulgar, não se tratou apenas de uma entrega física, mas uma entrega completa.
Apaixonada, entreguei-me de corpo e alma.
Desatinos de Uma Mulher Apaixonada II
Neste momento é claro para mim que nós os dois ainda não acertamos nas nossas vidas sentimentais, ainda não encontramos a saúde emocional plena por razões muito diferentes. Podemos até pertencer ao mesmo “clube”, como disseste certa vez, mas por razões extravagantemente diferentes. Eu não tenho medo de amar e ser amada, estou livre para dar e receber amor e dar e receber amor requererá de mim comprometimento e não tenho medo disso, apenas ainda não cruzei o caminho da pessoa certa, o caminho do “the one”.
Tu, na minha opinião, também não tens medo de amar e nem de ser amado apenas não te queres comprometer, a tua fuga é do comprometimento, mas tudo na vida exige de nós um certo comprometimento. (you know better than that). Não estás voltado para o trabalho que dá amar e ser amado, daí a constante fuga.
Por vezes durante essa fugaz “sei lá o quê” entre nós achei que tinha encontrado o “the one” e digo-te com sinceridade foste o homem que mais se aproximou do homem com que tenho sonhado para mim.
Esse comportamento de fuga do comprometimento ao invés de te tornar diferente dos comuns mortais, como pensas, te torna ainda mais parecido com eles. Este sentimento é um sentimento de egoísmo. Sentimento mais comum entre os mortais normais, embora possa ser mais desenvolvido nuns que noutros. Esse sentimento nos leva a fazer tudo o que nos dá prazer ou satisfação, temporário ou não, e nos cega em relação aos outros. Poderás discordar, mas sei que vais respeitar a minha modesta opinião.
Não vejo como avaliar – digo avaliar porque quem sou eu para julgar - alguém que num momento dá muito para no momento seguinte, quando já não mais lhe interessar, tirar tudo. Para mim isso é egoísmo. Tu sabias o que se passava dentro de ti, ao contrário de mim tu não falavas, agias. Estive sempre num constante exercício de leitura e interpretação dos teus sinais. Podia lê-los e interpretá-los de forma errada, mas tu conhecias os significados todos, estava nas tuas mãos a possibilidade de me fazer vê-las com clarividência.
Quando reparaste na magnitude do meu sentir porque não o fizeste? Quando sentiste a sinceridade na minha voz e nas minhas mensagens porque não o fizeste? Ao invés disso permitiste que quase chegássemos a fase de rejeição. Se não fosse o meu pedido de clareza, que tanto te enfureceu, hoje no lugar dessa dor de uma coisa boa que chegou ao fim permaneceria a dilacerante dor da dúvida que não fazias questão de esclarecer.
No teu lugar nunca teria dito a alguém a quem não quisesse realmente “Não gostes demais de mim.” ou “Não te entregues a mim desta forma.”. Diria simplesmente “Não gosto de ti.” “Não me vou entregar a ti.” Mas faria valer essas afirmações. Não afirmaria que não para logo depois afirmar com atitudes que sim. Falamos com palavras e com atitudes, tu sabes disso tanto quanto eu, e nem vou entrar pelas atitudes...
Tu, na minha opinião, também não tens medo de amar e nem de ser amado apenas não te queres comprometer, a tua fuga é do comprometimento, mas tudo na vida exige de nós um certo comprometimento. (you know better than that). Não estás voltado para o trabalho que dá amar e ser amado, daí a constante fuga.
Por vezes durante essa fugaz “sei lá o quê” entre nós achei que tinha encontrado o “the one” e digo-te com sinceridade foste o homem que mais se aproximou do homem com que tenho sonhado para mim.
Esse comportamento de fuga do comprometimento ao invés de te tornar diferente dos comuns mortais, como pensas, te torna ainda mais parecido com eles. Este sentimento é um sentimento de egoísmo. Sentimento mais comum entre os mortais normais, embora possa ser mais desenvolvido nuns que noutros. Esse sentimento nos leva a fazer tudo o que nos dá prazer ou satisfação, temporário ou não, e nos cega em relação aos outros. Poderás discordar, mas sei que vais respeitar a minha modesta opinião.
Não vejo como avaliar – digo avaliar porque quem sou eu para julgar - alguém que num momento dá muito para no momento seguinte, quando já não mais lhe interessar, tirar tudo. Para mim isso é egoísmo. Tu sabias o que se passava dentro de ti, ao contrário de mim tu não falavas, agias. Estive sempre num constante exercício de leitura e interpretação dos teus sinais. Podia lê-los e interpretá-los de forma errada, mas tu conhecias os significados todos, estava nas tuas mãos a possibilidade de me fazer vê-las com clarividência.
Quando reparaste na magnitude do meu sentir porque não o fizeste? Quando sentiste a sinceridade na minha voz e nas minhas mensagens porque não o fizeste? Ao invés disso permitiste que quase chegássemos a fase de rejeição. Se não fosse o meu pedido de clareza, que tanto te enfureceu, hoje no lugar dessa dor de uma coisa boa que chegou ao fim permaneceria a dilacerante dor da dúvida que não fazias questão de esclarecer.
No teu lugar nunca teria dito a alguém a quem não quisesse realmente “Não gostes demais de mim.” ou “Não te entregues a mim desta forma.”. Diria simplesmente “Não gosto de ti.” “Não me vou entregar a ti.” Mas faria valer essas afirmações. Não afirmaria que não para logo depois afirmar com atitudes que sim. Falamos com palavras e com atitudes, tu sabes disso tanto quanto eu, e nem vou entrar pelas atitudes...
Desatinos de Uma Mulher Apaixonada I
Várias foram as vezes que me atirastes com concepções e filosofias tuas sobre relacionamento a dois (e sobre vários outros assuntos) que, apesar de não ter reagido, dito nada e nem opinado na hora, ficaram todas registadas nalgum sítio desta minha consciência ou subconsciência. Sou assim. Muitas vezes limito-me a ouvir e remeto-me ao silêncio. Mas nada me escapa, de forma alguma, nenhuma palavra, nenhuma frase, para que, com calma, possa reflectir sobre elas e chegar a conclusões. Por vezes até essas conclusões não chegam, mas reflicto sempre sobre as coisas.
Das inúmeras vezes que falaste e filosofaste acerca de relacionamentos a dois, muitas vezes, apeteceu-me retorquir dizendo:
“Ouve cá uma coisa, achas-me com cara de burra?”
“Por favor não insultes a minha inteligência.”
“Achas que és o único a dar esses prémios de consolação a alguém?”
“Achas que nunca dei essas desculpas sem pés nem cabeça a alguém que num determinado momento da minha vida me quis, mas não me encontrou emocionalmente disponível?” (embora com grandes diferenças, a minha indisponibilidade emocional era manifestada na hora sem deixar que nada acontecesse – nesses casos elaborava todo o meu discurso de que a pessoa era extraordinária, especial, mas que não havia sentimento homem-mulher – esses floreios são prémios de consolação e quando os proferimos nossa boca afora sabemos disso). E eu sabia disso todas as vezes que com elas me atiraste.
Sinceramente que muitas vezes me apeteceu fazer essas perguntas, mas preferi evitar esse confronto com a esperança que alguma coisa mudasse que a profundidade do meu sentimento te contagiasse e fizesse milagres.
Das inúmeras vezes que falaste e filosofaste acerca de relacionamentos a dois, muitas vezes, apeteceu-me retorquir dizendo:
“Ouve cá uma coisa, achas-me com cara de burra?”
“Por favor não insultes a minha inteligência.”
“Achas que és o único a dar esses prémios de consolação a alguém?”
“Achas que nunca dei essas desculpas sem pés nem cabeça a alguém que num determinado momento da minha vida me quis, mas não me encontrou emocionalmente disponível?” (embora com grandes diferenças, a minha indisponibilidade emocional era manifestada na hora sem deixar que nada acontecesse – nesses casos elaborava todo o meu discurso de que a pessoa era extraordinária, especial, mas que não havia sentimento homem-mulher – esses floreios são prémios de consolação e quando os proferimos nossa boca afora sabemos disso). E eu sabia disso todas as vezes que com elas me atiraste.
Sinceramente que muitas vezes me apeteceu fazer essas perguntas, mas preferi evitar esse confronto com a esperança que alguma coisa mudasse que a profundidade do meu sentimento te contagiasse e fizesse milagres.
Ingenuidade de uma mulher apaixonada.
Uma das expressões tuas que mais me marcou foi essa que inúmeras vezes repetiste “relação sem rótulo”. Sinceramente não sei o que isso é. Não sei do que se trata nem de que mundo veio. Sempre pensei assim e fiz muito mal em me anular todas as vezes que me apeteceu dizer-te o que pensava sobre isso. Todas as vezes que me apeteceu dizer-te que não era necessária fazeres mais referências a esse conceito novo que eu não tinha intenções e nem havia clima para exigência de rótulos, até porque eu penso que em qualquer relação saudável os rótulos surgem do nada, ninguém pensa propriamente neles, em circunstâncias normais duas pessoas que se querem dizem-se namorados e para mim é a coisa mais natural desse mundo.
Já vivi imensas experiências negativas, já me desiludi muitas vezes e mais uma vez isso acontece, mas jamais terei medo de amar e ser amada por conta dessas experiências. Jamais permitirei que meus medos, meus fantasmas me afastem dessa coisa bela que é o amor. Jamais.
Uma das expressões tuas que mais me marcou foi essa que inúmeras vezes repetiste “relação sem rótulo”. Sinceramente não sei o que isso é. Não sei do que se trata nem de que mundo veio. Sempre pensei assim e fiz muito mal em me anular todas as vezes que me apeteceu dizer-te o que pensava sobre isso. Todas as vezes que me apeteceu dizer-te que não era necessária fazeres mais referências a esse conceito novo que eu não tinha intenções e nem havia clima para exigência de rótulos, até porque eu penso que em qualquer relação saudável os rótulos surgem do nada, ninguém pensa propriamente neles, em circunstâncias normais duas pessoas que se querem dizem-se namorados e para mim é a coisa mais natural desse mundo.
Já vivi imensas experiências negativas, já me desiludi muitas vezes e mais uma vez isso acontece, mas jamais terei medo de amar e ser amada por conta dessas experiências. Jamais permitirei que meus medos, meus fantasmas me afastem dessa coisa bela que é o amor. Jamais.
Desatinos De Uma Mulher Apaixonada (monólogo - o diálogo que nunca teremos)
Sabes? Até este momento em que os meus dedos já percorrem as teclas do meu portátil – lembras-te? Aquele portátil no qual vimos o Match Point (via-o eu pela enésima vez só pelo prazer de o ver contigo) e do qual saía toda aquela música que servia de música de fundo durante os dias que passamos juntos, aqueles dias que disseste em tudo perfeitos, lembras-te? - não fazia a mais pálida ideia por onde começaria este monólogo. São tantas as ideias que me assaltam desde ontem que fiquei mais perdida e confusa que estive durante toda essa coisa estranha que aconteceu - por favor não entenda mal a expressão coisa, não vai no sentido negativo, apenas a utilizo por não ter nenhuma outra palavra que descreva os momentos e tudo o que aconteceu neles. Falta-me um rótulo.
Foram apenas três linhas (emprestas-me as tuas expressões, não emprestas? Sei que sim.), as três mais dolorosas linhas de escrita que já li em toda a minha vida.
Falaste algures, noutras linhas, em ácido líquido, pois é, para mim, aquelas linhas foram piores que qualquer ácido líquido corroendo minhas entranhas. Não adianta estar pra aqui a procura de expressões fortes ou palavras certas para descrever o que senti porque sei que as não vou encontrar.
Como já disse, desde ontem me assalta um turbilhão de pensamentos, de interrogações e, claro, de sentimentos contraditórios. Mas um desses pensamentos é recorrente, martela-me a cabeça como o martelo de um carpinteiro martela um prego, o pensamento de que aquelas três linhas me apresentaram o teu outro lado, o outro lado do teu eu, esse lado que todos temos, mas que só de quando em vez vem à tona e a ti veio-te com um simples pedido de sinceridade, um pedido desesperado de anulação de dúvida, um pedido de clareza a que consideraste um “encostar contra a parede”.
Por vezes dou conta de mim te desculpando, pensando que terias tido um mau dia no trabalho, que alguma coisa menos boa te teria acontecido que te deixara a flor da pele, afinal somos seres humanos e isso acontece com todos nós, mas por outro lado penso que quando escrevemos uma mensagem na era do HTec temos sempre a possibilidade de fazer o delete, temos sempre a possibilidade de não clicar o send após a ultima leitura e tu não me deste esta chance. Não me deste a chance de não ler essas três linhas.
Por mais absurdo que possa parecer agradeço-te por isso. Agradeço-te por não me teres dado a chance de continuar na incerteza, embora podia ter sido de forma menos cruel.
Foram apenas três linhas (emprestas-me as tuas expressões, não emprestas? Sei que sim.), as três mais dolorosas linhas de escrita que já li em toda a minha vida.
Falaste algures, noutras linhas, em ácido líquido, pois é, para mim, aquelas linhas foram piores que qualquer ácido líquido corroendo minhas entranhas. Não adianta estar pra aqui a procura de expressões fortes ou palavras certas para descrever o que senti porque sei que as não vou encontrar.
Como já disse, desde ontem me assalta um turbilhão de pensamentos, de interrogações e, claro, de sentimentos contraditórios. Mas um desses pensamentos é recorrente, martela-me a cabeça como o martelo de um carpinteiro martela um prego, o pensamento de que aquelas três linhas me apresentaram o teu outro lado, o outro lado do teu eu, esse lado que todos temos, mas que só de quando em vez vem à tona e a ti veio-te com um simples pedido de sinceridade, um pedido desesperado de anulação de dúvida, um pedido de clareza a que consideraste um “encostar contra a parede”.
Por vezes dou conta de mim te desculpando, pensando que terias tido um mau dia no trabalho, que alguma coisa menos boa te teria acontecido que te deixara a flor da pele, afinal somos seres humanos e isso acontece com todos nós, mas por outro lado penso que quando escrevemos uma mensagem na era do HTec temos sempre a possibilidade de fazer o delete, temos sempre a possibilidade de não clicar o send após a ultima leitura e tu não me deste esta chance. Não me deste a chance de não ler essas três linhas.
Por mais absurdo que possa parecer agradeço-te por isso. Agradeço-te por não me teres dado a chance de continuar na incerteza, embora podia ter sido de forma menos cruel.
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