sábado, 4 de abril de 2009

Mulher - Uma Geografia Íntima de Natalie Angier

Li este livro há cerca de 6 anos, uma edição inglesa da biblioteca pessoal do homem que me criou. Há dois anos meu irmão, my little brow, ofereceu-me uma edição em português, pelo meu aniversário (dois dos meus livros favoritos foram-me oferecidos por ele,este e O Mundo de Sofia). Relendo-o com mais idade, mais experiência de vida, e algumas outras coisas mais, tenho conseguido disfrutar mais, comprender melhor, sugar mais conhecimento...
Quando li a parte que vou abaixo transcrever soube logo que o traria cá para o Nude. Ora aqui vai:

"Os homens são retratados como estando sempre prontos para o sexo e as mulheres como preferindo uma boa carícia; ainda assim, o homem enche-se de vaidade quando atinge o orgasmo três ou quatro vezes numa noite, contra os cinquenta ou cem orgasmos que uma mulher sexualmente atlética pode atingir num par de horas. Talvez tenham concluído que se trata de uma espécie de anedota cósmica, inserida na mesma categoria de dissonância sexual do facto de o homem atingir o auge libidinoso antes de ser verdadeiramente homem, isto é, aos 18 ou 20 anos, ao passo que a mulher não desabrocha plenamente antes dos 30 ou 40 anos (mais ou menos na altura, como disse uma comediante, em que o marido está a descobrir que tem uma poltrona preferida)."

Isso no capítulo 4 do livro "O cravo bem temperado - A evolução do clitóris". Capítulo no qual nos dá a informação de que apenas nós, as mulheres, temos o único órgão sexual que contribui unica e exclusivamente para o nosso prazer.

"O clitóris não passa de um feixe de nervos. Mais precisamente, 8000 fibras nervosas. É a maior concentração de fibras nervosas existente no corpo, inluindo as pontas dos dedos, os lábios e a língua, e é o dobro da concentração existente no pénis. Neste aspecto, portanto, o pequeno cérebro da mulher é maior que o do homem. E tudo com uma única finalidade: contribuir para o prazer da mulher. O clitóris é o único órgão sexual tão especializado que não precisa de fazer horas extraordinárias como mecanismo de erecção..."

Para quem não conhece essa mulher ela é uma bióloga norte americana que escreve sobre biologia no New York Times. Já foi distinguida com o prémio Pulitzer.

NUDE

Nude. O que é ou quem é?
Desde o início achei que tinha ficado claro mas, não tão claro assim. So, here it goes again: Nude sou eu. Os meus momentos (roubando a expressão a Margarida Fontes). As minhas alegrias, angustias, frustrações, amores, desamores, paixões... Sou eu nos momentos de inspiração e também, como não podia deixar de ser, nos momentos de gritante lack of it.
Para quem lê NUDE quero que fique claro. Nunca pretendi que este blog fosse algo que não é. Nunca pretendi e nem pretendo armar-me em qualquer coisa que não sou. Eu, NUDE, é isso tudo porque ser-se humano é isso mesmo. Eu, NUDE, sou terrivelmente humana.
Is that clear?

Coming back from vacation

Regressar de férias é como sair do sonho e dar de caras com a cruel realidade. Eu tenho sempre essa sensação de estar a sair do sonho. É que, verdadeiramente, tudo o que é bom acaba depressa.

Estive pela ilha das montanhas na terrinha do meu coração, Cób d'Rbêra e também estive na capital. A capital está diferente, apesar de toda a violência de que se fala e que não abunda tanto cá pelos nossos lados, a cidade não perdeu o que de encantado tem. Vivi muitos anos nessa cidade e ela sempre conseguiu me encantar. Não me perguntem porquê. Não saberei responder.

A resposta a pergunta de sempre: Féria foi sabim, sabim.