terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

love a velo

O meu dingir tem cá cada coisa. Agora love a velo.



Bora lá, nos amarmos a velo.


Imagem: Internet

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

fds - home alone


Foi bom. Tranquilo. O Bujuku esteve com o pai e lá fiquei com um tempinho para ouvir o som do silêncio.

Os filhos fazem muito barulho e muita bagunça, quer seja 1 ou 10. São barulhentos por natureza. De 5 em 5 minutos escutamos "mãmã", de 5 em 5 minutos queremos saber a sua localização dentro de casa e fiscalizamos o que fazem. Ter filhos significa viver num estado oposto ao da monotonia.
Por vezes precisamos desse silêncio mas, quando o conseguimos, é sol de pouca dura, pouco depois começamos a achar que a casa está vazia sem o barulhão e queremos de volta toda a barafunda, toda a bagunça.

Sinto-me assim quando o Bujuku passa o fim de semana fora com o pai.


Senti também o vazio que nos impõe a distância, dingir. DNB.

Imagem: Internet

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

hahahahahahaha

"'m ta gostá d'oiób assim, sem oks. esx uim dbóssa... ta dam vontád de lembês."

Essa é original. Ainda não consigo parar de rir.

mãe à beira de um ataque de nervos

O meu menino, que está no 2º período da 1ª classe, está a gastar, neste momento por semana, 1 lápis, 1 apara-lápis, 1 borracha e 1/2 caixa de lápis de cor (de 12 lápis).

Na semana passada o apara-lápis e a borracha não subreviveram à 2ª feira.

O manual de matemática também, como que por magia, desapareceu na sala de aulas.

HHHEEELLLLPPPPP.

dotor de animais - tratadora de zoo

O meu Bujuku diz que quando crescer quer ser "dotor de animais". Sempre gostou de bichinhos e esse gosto não vai desparecendo com a idade mas sim aumentando.
Ora bem, o Bujuku tem 6 anos o que quer dizer que quem cuida dos bichinhos sou eu.



- Primeiro foi o aquário com os peixes, já lá vão quase 4 anos, continuo a cuidar dos peixes. Nem conto a frustração que me invade quando um morre.




- Depois vieram os hamsters...




- ...e os diamond gould (para quem não sabe, são aves lindíssimas, multicolores mas, que quase não cantam). Frustração - os diamond gould morreram e dos 5 hamsters já só resta um.




- Em substituição dos diamond gould vieram os mandarins, um casal (para quem não sabe, aves não tão atractivas como os diamond gould mas que cantam que é uma doçura).




- Depois chegou o Bokito, um cão, um dalmata macho.


Escusado será dizer que quem é a tratadora do zoo sou eu.




Entretanto, recebi, na semana passada, o comunicado, dele, o Bujuku, claro, que vem a caminho uma nova atracção para o zoo:

- Um gato ou uma gata, nem isso sei ao certo.

Não sou muito dada a gatos mas também não o era em relação aos hamsters com os quais hoje já brinco descontraídamente.


Ante-ontem fiquei furibunda e quase que arranjava um novo dono para o Bokito. O bichano está tão crescido e forte (ainda sequer tem 1 ano) que resolvi comprar-lhe um peitoral para conseguir aguentá-lo melhor quando o passeamos. Como todos os artigos de bichinhos nesta terra é pela hora da morte, o tal peitoral custou-me 3.700$00 - com esse plim-plim alugava uns quantos filmes, fazia um programinha interessante bebendo um gin no Caravela num sábado de manhã - pois é mas, sequer durou 5 horas, o bichaninho querido, lindinho, adorável, simplesmente estrassaiou o peitoral. Deixou-o em pedaços, literalmente.
Nem vos conto a raiva que me deu e nem o que me doeu o meu pli-plim lançado ao mar.

Esse é o tal peitoral. Pode???

Estive ontem a ponderar a continuidade dessas minhas funções de tratadora de zoo mas, entretanto, a raiva passou-me e confesso que até já estou ansiosa para conhecer o gato ou gata.

Que venham mais para alegrar o Bujuku enquanto ele espera a maninha chegar.

beautiful day



Normalmente quando acordo afasto as cortinas do meu quarto ou do quarto do Tiago a ver como está o dia. Nas últimas semanas os dias têm sido tão feios e ventosos que hoje, inconscientmente, não afastei as cortinas para saber como estava o dia. Ao sair de casa, para minha agradável surpresa, dei de caras com um dia lindo - hoje é sexta feira, milagre. Nesse momento me arrependi de não ter colocado lentes de contacto ao invés dos óculos.
Pois, nos dias lindos quero estar de cara lavada para sentir na pele a brisa da minha vizinha Laginha e a carícia suave (nestes dias de menos calor) do sol das nossas ilhas.

Espero que o vento não se lembre de dar o ar de sua graça.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

london



A minha sis mais velha vive em London, estive para lá ir no ano passado mas infelizmente fica dificil cá de Cabo Verde uma vez que o visto só é conseguido em Dakar e é presencial, ou seja, teria que me deslocar a Dakar para conseguir o visto.
Confesso que sempre tive muita vontade de conhecer essa cidade mas agora, com a influência da sis, ainda mais.

Ainda há dias falava com ela ao telefone e o meu cunhado pediu-lhe que me perguntasse quando é que os visitaria. Respondi: I wish i could fly.

Vamos ver se acontece um milagre e o visto passa a ser em Cabo Verde.

London, ah, London. One day.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

sintonizar & sincronizar



"...quero estar em sintonia e sincronizado (...) gosto da letra s, muita coisa boa é escrita com a letra s... sabi, saber, sexo..."

Tens razão, sweets, e acrescento: sol, sentir, sonhar, saborear, ser, sorrir...

Imagem: Internet

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

valentine's day, dingir


Essa coisa estranha que não se dissolve dentro de nós
Esse bicho estranho que nos acompanha há tantos anos
Esse sentimento delicioso que é amar
Amar-te a ti, especialmente

Esse amor que, serenamente, atrevessou década e meia
Esse amor que parece morrer mas apenas hiberna quando, para ele se faz inverno
Esse amor guerreiro que vence oceanos e distâncias
Esse amor guerreiro que não deu tréguas até que nos viu rendidos a vivê-lo

É esse o meu presente a ti, hoje, love of my life, esse amor.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

make a wish


- um Primeiro Ministro menos arrogante

- um Cabo Verde com oportunidades (emprego, muito emprego)

- um Cabo Verde com igualdade de oportunidades – que as oportunidades não sejam reservadas apenas a uma elite de cor política B ou C, aos filhos de alguns, primos de alguns e amigos de alguns

- que o mérito passe a ser valorizado

- que a cultura seja abençoada

- que haja condições (financeiras) para consumir a cultura

- um cinema para Mindelo

- que a Electra cumpra a sua parte de nos fornecer água e energia eléctrica sob pena de pagar penalidades também ao consumidor e não apenas o contrário

- que uma garrafa de gás não seja tão cara (2.043$00) ou então que os salários permitam esses preços

- que, um dia se Deus quiser, seja possível fazer comparações Cabo Verde – Luxemburgo mas de uma forma global e não apenas acerca da permanência do 1º Ministro desse pais no poder

- chegar um dia em Cób d’rbêra e não encontrar aquele amontoado de jovens, sem nada que fazer, olhando para o fundo d’rbêra

- que São Vicente não continue esquecida pelo Governo

- que a próxima campanha não haja tanto material de propaganda, comes e bebes, dinheiro a circular e sim mais e melhores propostas, mais honestidade e mais respeito para com o cidadão

- que nas próximas eleições não tenha duas amigas com medo de perder o emprego caso esse ou aquele partido ganhe as eleições

não necessariamente nessa essa ordem.

diabolização dos 90


Aprendi nos idos anos 90 (anos que na última eleição tudo se fez para parecerem ter sido os piores anos da história de Cabo Verde), que a vontade do povo é soberana. Aprendi nessa década o significado de democracia, palavra que já conhecia, mas que não percebia o significado. Nessa década conheci a palavra cidadania e subsequentemente o seu verdadeiro significado. Essa década, agora, “diabolizada”, foi uma década de muito aprendizado para minha pessoa.
Voltando à soberania da vontade do povo, apesar de não ter votado “strela”, deixo aqui registado a aceitação e o respeito pela vontade da maioria (repito – aprendi isso na “diabólica” década de 90).

Nunca entrei por esse tipo de assuntos neste meu espaço(convém sempre recordar - MEU) e por vários motivos, de entre os quais, por não ser politóloga, por não ser analista, por não me sentir dominar essa matéria que é a política e por não apreciar o “achismo”, mas por outro lado a liberdade que me é dada, enquanto cidadã, me confere o direito de manifestar, de concordar ou discordar. A minha vivência, o meu dia-a-dia de cidadã comum, anónima, que trabalha, que paga impostos, que enfrenta dificuldades, que exerce o seu direito e cumpre o seu dever de votar, me conferem o direito, sim, de opinar, de confessar as minhas preocupações e de reclamar.

Durante o período que decorreu a campanha tive a oportunidade de ter alguns debates com um jovem strela. Um jovem de 26 anos, o L. O L é strela convicto, descendente de strela, filho de ex-ministro do Governo strela. Um jovem bem sucedido, que aos 26 anos já se dá ao luxo de conduzir um carro topo de gama. Nada contra, apenas contextualizando. Aprecio o L, é bom menino, de bom coração, muito entusiasmado e me faz lembrar o meu irmão mais novo. Ambos de 26 anos, ambos de personalidades muito fortes, ambos jovens decididos e certos do que querem, embora um seja strela e o outro ventoinha – bonita a democrácia, não é gents?
O L é daqueles que diaboliza a década de 90, é daqueles que mantêm na ponta da língua frases tipo “pedra ku garafa ka ta djuga”. Daqueles que acha que o Dr. Carlos Veiga não é um senhor (e o é) e nem merecedor do respeito dos cabo-verdianos (também o é).

L nasceu em 1985 e em 96 tinha apenas 11 anos de idade, matematicamente em 2001, 15. Votou pela primeira vez nestas eleições de 2011. Confrontei-o com esses factos e ele se defendeu dizendo que o pai lhe contou e que tem lido muito sobre essa década, que tem analisado as estatísticas, etc, etc.

É essa a forma como transmitimos a história do país aos nossos filhos???
Falemos as verdades todas, contemos a história como ela é, não a manipulemos e não eduquemos os nossos filhos para a militança.

À minha descendência, com apenas 6 anos de idade já tende a simpatizar com o que eu, mãe, simpatizo, mas digo-lhe sempre. Essa é a escolha da mãe que já é adulta e percebe as coisas. Tu ainda és uma criança e não percebes, quando cresceres vais entende-las e poderás até não ter a mesma escolha que a mãe.

E, POR FAVOR, NÃO ME VENHAM COM LEITURAS, NÃO ME VENHAM COM HISTÓRIAS, NÃO ME VENHAM COM ESTATÍSTICAS. VENHAM COM VIVÊNCIA, VENHAM COM EXPERIÊNCIA DE VIDA.

Dizia-me o L que a saúde melhorou consideravelmente e a pergunta soltou-se-me instantaneamente: alguma vez estiveste no Banco de Urgência? Alguma vez foste fazer a marcação de análises clínicas no hospital? (claro sem cunhas, sem amigos médicos para dar aquela mãozinha, sem amigos da mãe ou do pai). A resposta, naturalmente, é NÃO.

O L tanto não precisa ir ao hospital que não faz ideia que existem pessoas que, após internamento, fogem do hospital porque não possuem o valor para pagar a sua estada no hospital.
A isso ele remata - em toda a parte a saúde é paga - concordo, deve-se pagar mas para isso a população precisa de emprego, emprego que lhe possa garantir um salário para pagar essas despesas, nesse caso uma despesa básica, uma despesa de saúde.

O PAICV terá, por agora, mais 5 anos para dar continuidade ao que pregam ter sido uma excelente governação.
O L me diz que não tem um único erro a apontar ao JMN. Compreendo é jovem, no calor dos 26 anos, na ingenuidade dessa idade, na ilusão de quem nunca teve falta de nada, não passou por dificuldades e não convive com pessoas em condições dramaticamente opostas à dele. Mas o próprio JMN sabe quais foram os seus erros embora jamais os vá admitir publicamente (é a política). Ele sabe e no seu discurso de vitória prometeu exactamente isso – corrigir os erros, fazer o que não fez em 10 anos, não por essas palavras, claro.

“... criar milhares de postos de trabalho...”

Apenas esse exemplo porque somente essa tarefa já será muita coisa para os 5 anos que se avizinham, esperemos, para o bem de todos os cabo-verdianos e cabo-verdianas, que ele consiga.

Vamos ter juízo e parar de comparar coisas incomparáveis. Façamos balanços com justiça.
Nos nossos 36 anos de independência não existem momentos unicamente negativos e nem momentos unicamente positivos.

Justifiquem as militanças com mais originalidade, please.



Imagem: Internet