Um olhar especial sobre as mulheres que escolhem romper/partir. Aquelas que decidem continuar sozinhas ou partir para outros amores sem as clássicas jutificativas: traição, maus tratos, incompatibilidade de feitios, visão e objectivos muito distintos da vida presente e futura, enfim, aquelas que desistem por outros motivos mas igualmente válidos.
Com quase 37 anos vivo o meu segundo casamento. Do primeiro parti sob a justificativa de que a incompatibilidade de feitios era muito grande e a diferença de visão da vida descomunal.
Hoje não concordo com as minhas justificativas de há 5 anos atrás. Vivi um relacionamento bonito com uma pessoa muito bonita que me deu um lindo primogénito.
Desisti porque desisti. Desisti porque era chegado o momento de por um fim aquele ciclo. Não me habita nenhum tipo de arrependimento. Foi o que tinha que ser.
Estou de cabeça no meu segundo casamento como nunca estive no primeiro mas sou uma mulher mais madura, mais soft, questões que no primeiro casamento eram casos de vida ou morte hoje já não o são, enfim o amadurecimento que só a idade e a vida nos dá.
Surpreende-me pela positiva o livro. As mulheres deviam romper mais por puro egoísmo do que por outro motivo qualquer.
Os homens fazem-no constantemente por puro egoísmo. São mais corajosos do que nós. A minha memória está cheia de rompimentos marcantes e até traumáticos que aconteceram por puro egoísmo dos homens. O meu pai rompeu por puro egoísmo com a minha mãe e o meu padrasto pelo exato mesmo motivo. Não os condeno apenos acho que as mulheres deviam fazer o mesmo mais vezes. Pensar mais nelas, nos seus desejos, caprichos, fantasias... Apenas um ponto de vista.
E para aqueles que lêm este blog, meus amigos, não se preocupem, não estou no ponto de ruptura, apenas aconteceu de ser este o momento do meu encontro com o "Quando as Mulheres Rompem" da Isabelle Yhuel.