quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Lua


Lua

será que te posso culpar?
será que consigo não gostar de ti?

já te invejei. porque não agora declarar-te guerra e ser tua inimiga?

está tudo tão confuso... mas tudo começou contigo. e agora?

como é que vou olhar pra ti e encher o peito de ar com vontade de viver se me trazes tudo à memória e essas memórias me fazem doer a alma?
me fazem doer a alma por não serem mais do que isso "memórias"
me fazem doer a alma por tudo o que se perdeu com a noite mágica
me fazem doer a alma por tudo o que não começou com a noite mágica

porque é que foste tão boa madrinha?
porque é que não és a minha madrinha?

por tua culpa uma chamada, tanto quanto sei, inocente
por tua culpa se fez poesia
por tua culpa um beijo doce
por tua culpa se fez o amor mais belo
por tua culpa não consigo ouvir "what a wonderful world"
por tua culpa apaguei todas as velas

tu fizeste luz e assim foi descoberto o atalho tão escondido que levava ao meu coração
tu fizeste luz e o mais profundo de mim iluminou-se de sonhos de adolescente
tu...
tu fizeste luz

vaidosa, convencida...
e nós que éramos tão amigas...

diga-me. diga-me o que fazer porque caso contrario tudo farei para te descambar daí, desse teu pedestal
dê-me a solução para a confusão, pela paixão, pela dor que agora me tomam
fale, não te armes em muda ou contrato uns thugs para te apagarem e nunca mais brilhares

ah lua, porquê eu?
porquê o teu afilhado?

porque não outras pessoas quaisquer?